[PT-BR/EN] O reconhecimento que vem de fora para dentro

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Diário do Nordeste


[PT]

Em comparação com algumas outras nacionalidades ao redor do mundo, o cinema que é feito aqui no Brasil pode ser considerado como algo financeiramente pobre no sentido mais óbvio dessa classificação. Seja por incontáveis questões sociais, políticas ou culturais (este último aspecto sendo uma grande ironia), o fato é quando o assunto é orçamento e divulgação, nós somos sim um país com bastante precariedade em termos de ciências que envolvem culturas em geral.

Sendo assim, é preciso obter o reconhecimento artístico fora do país para que determinados filmes consigam entrar e fazer parte do circuito nacional com uma maior amplitude (o que acaba sendo uma vergonha, porque apenas evidencia o quanto essa arte ainda não é minimamente valoriza como deveria ser). Até mesmo quando grandes emissoras podem fazer alguma coisa, nada se compara com repercussões que acabam acontecendo em festivais que são internacionais.

Em linhas gerais, são raras as vezes onde o caminho inverso acontece e isso força (e também condiciona) a dependência do cinema brasileiro aos festivais de cinema internacionais para conseguir uma maior visibilidade que só acontece com o investimento de muito dinheiro de grandes estúdios e produtoras. Apesar de boas empresas brasileiras existirem, na prática elas não conseguem fazer nada sozinhas porque elas são apenas pequenos peixes no meio de grandes tubarões.

Particularmente falando, me incomoda bastante essa dependência artística, que precisa ser apreciada externamente para apenas depois conseguir alguma projeção mais significativa dentro do seu próprio país. A inversão de caminhos ainda á um dos maiores desafios enfrentados pelo cinema brasileiro, que dentro de uma gestão política, ainda sofre e é discriminado pelo próprio preconceito dos políticos e de milhões de civis que não acreditam no potencial dessa arte.

Se essa realidade mudará algum dia eu não faço a menor ideia (embora eu realmente torça por uma maior autonomia do nosso cinema, o que seria uma conquista incrível... em especial para aquelas pessoas que realmente apreciam essa arte e reconhecem o valor para além do entretenimento), mas o fato é que esse “cinema novo” que já vem sendo feito há algum tempo ainda não foi o suficiente para mudar o cenário, que segue em uma constante transformação pontual.


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Capa: criada com Canva.



[EN]

The recognition that comes from the outside to the inside.

Compared to some other nationalities around the world, the cinema that is made here in Brazil can be considered something financially poor in the most obvious sense of this classification. Whether due to countless social, political or cultural issues (the latter aspect being a great irony), the fact is when it comes to budgeting and publicity, we are a country with quite precariousness in terms of sciences that involve cultures in general.

Therefore, it is necessary to obtain artistic recognition outside the country so that certain movies can enter and be part of the national circuit to a greater extent (which ends up being a shame, because it only highlights how this art is still not valued as much as it should be). Even when big broadcasters can do something, nothing compares to the repercussions that end up happening at international festivals.

In general terms, the opposite happens rarely and this forces (and also conditions) the dependence of Brazilian cinema on international movie festivals to achieve greater visibility, which only happens with the investment of a lot of money from large studios and producers. Although good Brazilian companies exist, in practice they cannot do anything alone because they are just small fish among big sharks.

Particularly speaking, this artistic dependence bothers me a lot, which needs to be appreciated externally and only then achieve some more significant projection within one's own country. The reversal of paths is still one of the biggest challenges faced by Brazilian cinema, which, within political management, still suffers and is discriminated against by the prejudices of politicians and millions of civilians who do not believe in the potential of this art.

Whether this reality will ever change I have no idea (although I really hope for greater autonomy for our cinema, which would be an incredible achievement... especially for those people who truly appreciate this art and recognize its value beyond of entertainment), but the fact is that this “new cinema” that has been being made for some time has not yet been enough to change the scenario, which continues in a constant occasional transformation.


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Bzzzrrr, entendi! O reconhecimento de fora é vital para o Brasil! Nossa arte precisa de visibilidade global e apoio para crescer. Só bom ver que há uma discussão sobre isso! #hivebr